Communications Museum of Macao

CAVALO

Os chineses domesticaram cavalos selvagens há milhares de anos e, por conseguinte, por muitos anos, o cavalo tornou-se um dos principais meios de transporte. O desenvolvido sistema nervoso do cavalo, o seu aguçado sentido de audição e olfacto e a sua forte sensibilidade à luz, que lhe permite discernir objectos à sua volta durante a noite, conduziram à criação de uma memória sólida, daí o ditado “um cavalo velho sabe por onde anda”. Embora o cavalo tenha siso um simbolizado de victória, soberania e riqueza ao longo da história da humanidade, ainda é, nos tempos modernos, um arquétipo fundamental na anatomia, genealogia e ciências do desporto. Na cultura chinesa, o cavalo possui significados simbólicos tais como bênção, oração, motivação e sucesso. O cavalo é o sétimo no zodíaco chinês, e o seu ramo Terrestre correspondente é “Wu”.

Existem diversas expressões idiomáticas relacionadas com o cavalo, ainda hoje utilizadas para expressar a nossa interpretação de coisas semelhantes. Em 2007, CTT Macau emitiram uma carteirinha intitulado “Seng Yu – Provérbios II”, da autoria de Lio Man Cheong, no qual se encontram duas das expressões idiomáticas relacionadas com cavalos. A primeira “Confundir Negro com Branco”, descreve como Zhao Gao, intento em usurpar o trono, deliberadamente montou um veado para acompanhar imperador Qin II , referindo-se ao mesmo com um cavalo. Para sua surpresa, o Imperador de Qin não acreditou no que viu, mas acreditou na história de Zhao Gao. Por issos, esta história serve como um metáfora para confundir deliberadamente o certo e o errado.

A alusão à “Coches Movendo-se Como Rios e Cavalos a Galope Como Dragões” vem do tempo do Imperador Zhang da Dinastia Han, quando a Imperatriz Viúva Ma foi honrada pelo mundo por sua oposição à atribuição do título de Marquês ao seu próprio irmão, evitando que os seus familiares interferissem nos assuntos de estado. No entanto, esta expressão idiomática é actualmente utilizada para hoje em dia para descrever uma cena movimentada com intenso tráfego de veículos e cavalos.

No Dia de Redacção de Cartas de 1990, os Correios do Japão emitiram um postal extremo, com um selo desenhado por Nagata Moe, ilustrado com uma fada do correio carregando uma mala de correio num cavalo branco como a neve. Além disso, no bloco do “130.º Aniversário do Estabelecimento do Gorpo de Bombeiros”, emitida pelos CTT Macau em 2013, também podemos ver uma carruagem puxada por cavalos com uma bomba de combate a incêndios a galopar ao longo de uma estrada. É claro que, quando falamos de estradas, estamos a referir-nos às largas vias que os cavalos percorriam nos tempos antigos. Mas o significado moderno de “Malu” deve o seu nome a John Loudon McAdam, um engenheiro escocês que desenvolveu uma nova forma de construir estradas. Quando a nova tecnologia foi introduzida na China, o nome foi traduzido foneticamente como “Estrada de Macadame”, o que deu origem à palavra “ma lu” tal como a conhecemos actualmente.

Em 2002, os Correios de Hongkong emitiram um cateira de selos de ouro e prata para o Ano do Cavalo, desenhado, da autoria de Bom Kwan. O cavalo nos selo é finamente impresso com folha de ouro de 22 quilates e prata esterlina de 99,9%. O acabamento do selo é requintado. Existe um motivo de floresta de bambu contornado com linhas brancas sobre um fundo verde, emprestando ao selos um aspecto mais vibrante. Em 2014, os CTT Macau emitiram o terceiro cyclo de selos zodíaco para o Ano do Cavalo, desenhados por Lam Chi Ian, com um bloco em forma de diamante na forma de um cavalo de madeira.

Os Correios do Liechtenstein iniciaram a emissão de selos do Zodíaco chinês em 2011. A miniatura do Ano do Cavalo, uma combinação de quatro selos com um forte carácter chinês e técnica de corte a laser, é a segunda emissão da série, com a sua festiva cor vermelha chinesa, caracteres chineses estampados dourados e corte de papel, elementos apelativos aos filatelistas. Outro bloco, também com um único selo sobre fundo vermelho, é a emissão do Ano do Cavalo dos primeiros selos do Zodíaco chinês dos Correios do Canadá. Emitida em 2002, este bloco apresenta um desenho central que se assemelha o céu redondo e a terra quadrada, semelhante à antiga cunhagem chinesa, mas também reflectindo antigos jardins chineses. A moldura preta octogonal da janela e o cavalo vermelho brilhante cortado em papel são gravados em relevo e polidos para lhes conceder o efeito de olhar pela janela às flores de pessegueiro em Fevereiro.

Página Anterior Introdução Próxima Página

©2025 Communications Museum of Macao, CTT